Na receita do Santos tricampeão da Libertadores, principalmente após Muricy Ramalho assumir o comando do time, a proposta de jogo era clara: um time seguro, que ganhava os jogos na genialidade de seus craques - quase sempre Neymar. Pois o Peixe que perdeu por 2 a 1 do The Strongest, da Bolívia, em La Paz, na estreia na competição sul-americana, fez exatamente o oposto disso: se expôs de forma absurda, criou inúmeras chances de gol, só fez um e acabou castigado no fim. Como diz Muricy, "a bola pune."
Curiosamente, o técnico santista corrigiu a postura equivocada logo após ver o time tomar esta atitude ainda na Libertadores do ano passado, em jogo contra o Colo-Colo, na "pilhada" vitória santista por 3 a 2, na Vila Belmiro.
Nesta quarta, na Bolívia, as possibilidades de gol para os dois lados foram tantas que, em dado momento, mais parecia uma partida amistosa do que propriamente um jogo entre profissionais. Principalmente no segundo tempo, os dois setores de meio-campo inexistiram e o confronto virou um duelo entre ataques e defesas.
Para os torcedores que foram ao estádio Hernando Siles, o espetáculo dentro de campo foi fantástico. Para as pretensões santistas de chegar ao tetra da Libertadores, a derrota foi um balde de água fria, que evidenciou um time muito vulnerável e inseguro. O alerta foi ligado.
O próximo jogo do Santos na Libertadores é contra o Inter, dia 8 de março, às 19h30m (de Brasília), na Vila. Pelo Paulistão, o time enfrenta o Mirassol, sábado, às 18h30m, fora de casa, no estádio Municipal. Muricy, provavelmente, vai poupar os titulares.
globo.com
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