Dirigentes, técnico e jogadores do Corinthians repudiaram a invasão de um grupo de torcedores organizados ao CT Joaquim Grava, na última terça-feira. Houve realmente um ‘rompimento momentâneo’, como definiu o gerente de futebol Edu. Dois dias depois do protesto, 35.392 corintianos pagaram ingresso para apoiar a equipe na vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, no Pacaembu.
O técnico Tite fez um breve silêncio ao analisar o comportamento da torcida, após a partida. ‘A gente sentia o apoio no ar. O torcedor corintiano passa isso para a gente. Ele pode cobrar no momento da adversidade, mas também nos abraça muito. A energia vai para dentro de campo e faz com que os atletas passem por cima de seus limites físicos e técnicos’, discursou, agradecido.
Tite tinha consciência de que uma vitória sobre o Flamengo era imprescindível para poder trabalhar em paz no Corinthians, novamente na liderança do Campeonato Brasileiro. ‘Procuro não pensar tanto nisso. Mas é claro que a gente sentiria emocionalmente se perdesse. Estamos em uma série de confrontos de briga direta pelo título. São decisões. Precisamos aliar desempenho a resultado’, enfatizou, em uma de suas declarações prediletas.
O técnico acredita que, contra o Flamengo, o Corinthians repetiu o bom rendimento da derrota para o Coritiba e o empenho da vitória sobre o Grêmio. Dessa forma, conseguiu contar com a torcida a favor. ‘O torcedor sentiu isso e retribuiu com aplausos, incentivo. Uma coisa puxa a outra. Se a gente joga bem, chama o público’, atrelou.
Os jogadores do Corinthians também se mostraram aliviados com a harmonia entre time e torcida restabelecida. O atacante Emerson, por exemplo, escreveu no Twitter que os corintianos são ‘f…’. Já o meia Alex ressalvou que não foi o único a criticar os invasores do CT Joaquim Grava. ‘O Paulinho falou a mesma coisa, e eu disse que só uma minoria fazia aquilo’, corrigiu.
Apesar do incentivo, a torcida corintiana também cobrou a equipe contra o Flamengo. No intervalo, quando os visitantes venciam por 1 a 0, ecoou o coro: ‘Vamos jogar bola!’. Em seguida, a ameaça: ‘Se o Corinthians não ganhar, o pau vai quebrar!’.
placar.com
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