Torcedores do Corinthians exigiram a demissão de Tite logo após a derrota por 3 a 1 para o Santos, domingo, no Pacaembu. Ele resistiu à pressão. Um histórico negativo de seu clube contra o São Paulo, contudo, assombra ainda mais o treinador às vésperas do clássico da noite de quarta-feira, no Morumbi.
Ao todo, 14 técnicos do Corinthians já foram demitidos depois de resultado adverso em Majestoso: Joseph Tiger, Alcides Aguiar, Rato, Oswaldo Brandão, João Lima, Dino Sani – duas vezes -, Julinho, Cilinho, Júnior, Juninho Fonseca, o próprio Tite, Daniel Passarella, Antônio Lopes e Ademar Braga.
Por enquanto, os dirigentes corintianos tentam manter o discurso de que não há possibilidade de Tite deixar o comando do Corinthians. ‘Quando vemos que o trabalho está sendo feito do melhor modo possível, a permanência não se discute, independentemente de qualquer tipo de cobrança. Vamos seguir a mesma linha’, garantiu o gerente de futebol Edu Gaspar.
Apesar do apoio a Tite, o gerente de futebol evitou assegurar que a sua postura será a mesma em caso de derrota para o São Paulo. ‘Não conto com ’se perder’ ou ’se ganhar’. Prefiro esperar que façamos um grande jogo. Não vejo nada fora do normal para uma grande mudança. A derrota para o Santos obviamente deixou algumas dúvidas, por ser dentro de casa, mas repito que acho o trabalho do Tite bem feito, honesto. Todos precisamos melhorar’, disse Edu.
Já Tite procurou analisar o clássico pelo lado positivo. Muito incomodado com a sua situação no Corinthians, o técnico terá a chance de resgatar a imagem positiva com uma vitória convincente sobre o São Paulo. ‘No futebol, a gente tem que absorver as coisas rapidamente. O São Paulo é um concorrente direto no Campeonato Brasileiro. Sei da importância de haver retomada nesse jogo’, afirmou.
Em 2005, no entanto, o técnico gaúcho não conseguiu usar o Majestoso para reagir. No Campeonato Paulista, contra um São Paulo dirigido por Emerson Leão, Tite viu o Corinthians ser derrotado por 1 a 0, com gol do hoje corintiano Danilo. O goleiro Rogério Ceni ainda defendeu um pênalti batido pelo lateral-direito Coelho na ocasião. Como queria que o astro Tevez cobrasse a penalidade, o iraniano Kia Joorabchian (da então parceria MSI) optou pela queda de Tite.
placar.com
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